Por alguns dias o Mosteiro Zen foi o nosso lugar no mundo. Uma casa de vidro em meio à natureza que trouxe de volta a consciência da não submissão ao tempo. A transformação do tempo através dos liames, passado e futuro, é parte da pesquisa poética dos vestígios e dos casulos, a experiência da residência artística tornou o tempo presente parte visível no processo de concepção.
Este novo elemento: o presente, trouxe consigo o tempo da pausa, do intervalo entre a elaboração do conceito e a concepção da ação, a fruição de si mesmo e do entorno da paisagem como parte da mesma natureza. Uma compreensão amorosa entre os limites dos materiais disponíveis e as possibilidades sensíveis na evolução das formas.
Estar imerso na natureza aguça todos os sentidos, de repente estamos ouvido o silêncio, o vento sobre as montanhas que se vestem de todos os verdes da paleta e a casa convida o exterior a entrar.
Mosteiro Zen Morro da Vargem - Ibiraçu, ES
Dentro e fora...
Somos configurados por aquilo que vemos. É impossível estar no mosteiro e sair ileso, a paisagem é potente, ela se agiganta sob o nosso olhar e nos eleva a um estágio mais profundo de consciência e enriquece o eu criativo. Assim como o exterior invade a casa, ele adentra no trabalho e possibilita à construção de novos casulos e os vestígios se transformam em desenhos, pinturas, escultura e instalação.
Fora e dentro...
Produção durante a residência
Intervenção artística na primeira casa do Mosteiro
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